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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Gravura em metal: de 2000 a 2003, entre a ponta seca e a água forte.

No mês de fevereiro de 2010, em virtude do mestrado em poéticas visuais na Universidade de São Paulo, com a orientação do professor Cláudio Mubarac, devo intensificar minhas atividades de gravura em metal, hoje, um pouco adormecidas. Utilizo a xilogravura como uma forma de criar impactos e sensações (sonhos) através da linha livre e branca rasgada sobre a madeira de fio ou de topo, em pequeno formato, utilizando goivas e formões de vários calibres. Mas o metal, pela sua peculiaridade e luz, sempre, será a porta de entrada para ao mundo das ilusões, das forças cinzentas da memória e da observação através de retratos, paisagens - montanhas, criaturas e cinema, feitas pela ponta seca e a água forte, matérias antigas e originais para o desenhista. Assim, vou utilizar de algum modo a xilogravura (a simplicidade da incisão na madeira, sobre o metal) que é, por natureza, uma atividade complexa que envolve tempo, prensa, papel, tintas, instrumentos, ateliê, cadernos de desenho, incisão direta, cobre,e outros metais encontrados na rua ou em lojas de materiais de construção.















6 comentários:

  1. Estou digerindo suas ilustrações em "Os Irmãos Karamázov". Vim para a Internet atrás de informações sobre o autor daqueles... mistérios... porque me desconcertaram. E olha que não me agrado com frequência da arte contemporânea - ainda sou jovem, desinformada, confusa -, e aliás não busquei me impressionar com as imagens que você compôs, estava com sede do texto, mas, mesmo embebida no texto, as imagens me saltaram aos olhos, à... alma. A primeira vontade que me deu foi de escrever sobre aquelas imagens...

    Donde se chega ao motivo central desse comentário intruso: como é já ter o domínio sobre a sua própria arte? Não domínio como limitação, mas como ferramenta... Poder dispor de uma arte que lhe cabe e por meio da qual você significa. Deve ser esplêndido. Eu não sei fazer nada senão me impressionar com palavras escritas, mas ainda não posso dispor delas para dizer nada, pois ainda estou aquém da palavra: estou em formação.

    Estou invejando seu talento, sua mão firme, sua arte perene. Nos dias de hoje, estabelecer-se como criador de sonhos é... seria utópico, se não fosse real. Trabalhos como o seu me convencem de que é possível e é real.

    Obrigada. Perdão por qualquer pieguice.

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  2. Adorei teu trabalho... Parabéns!!!
    MuitoOOOoOO sucesso
    bj

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  3. Olá.
    Obrigado pelos comentários postados no blog.
    desejo a todos vocês um bom começo de ano!

    Forte abraço,
    U.

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  4. Sobre a primeira pergunta... entendo que, como ferramenta, o domínio de um meio que produz a linha ou a mancha sobre o papel deve ter, como núcleo do seu trabalho o ATELIÊ, o LUGAR, uma MESA para que os sonhos sejam ali depositados seja como for... do SEU jeito. Seria como abrir um livro e fazer deste autor predileto um companheiro, uma COR... UM MUNDO A PARTE... na esperança de que a imagem, que nasce ali, pode ser lida (vista com os olhos da mente)... verdadeira... de modo fantástico.
    Pode ser feia... mas é de uma feiúra aceitável e que pode ser desenvolvida no tempo como estética, como percurso, como modo de ver os círculos do MUNDO verdadeiro, no momento.

    Momentos despejados sobre o papel.

    Abrs.
    U.

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  5. Olá Ulysses!

    Obrigado pela visita ao meu mundo das ilustrações.

    Foi com alegria e admiração que comecei a ver os teus trabalhos.
    Gosto especialmente do "Jonas e o Palácio no Fundo do Mar" está admiravelmente belo.

    Um abraço de Lisboa
    Dinis Mota

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